20.6.07

A importancia do depois de amanhã

Errantes estávamos na loucura do pensar, na arquitectura das coisas, desvarios de mentes perturbadas ou entregues a exercícios de loucura, que perdemos a noção do tempo, do espaço, do rigor e da estima.
Queríamos tudo sem querer nada.
Pegávamos com a mesma facilidade com que rejeitávamos.
Vivíamos na ilusão, de uma criação obstipada, entupindo o canal do pensamento e libertando os gostos e odores fétidos da infecção.
Via-mo-nos a nós e a quem estava perante nós, na primeira linha, sofrendo de uma profunda bizarria: não víamos mais nada.
Quem não vê não imagina e, sem imaginar não cria.
Nada criámos então, agora que assentamos ideias, a não ser a convicção que o amanhã não depende sequer do agora, mas acima de tudo do depois de amanhã.
Que assim seja, então, agora que o percebemos: errantes continuamos no desvario e loucura do pensar.

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