Há muito que defendo que o País está maduro para uma abordagem e discurso político diferente. O País, pode afirmar-se, está carente de uma nova focagem políitca discursiva.
Este facto é, de novo, constatável através do resultado apurado nas eleições de ontem.
Bastou uma pequena descolagem de um dos candidatos das forças políticas que marcam a agenda nacional, para que tivesse mais de um milhão de eleitores a votarem nele. E a descolagem nem foi dramática, ficando o discurso muitas das vezes pelas meias tintas, por vezes mesmo envergonhado e, acima de tudo, apelando tão sómente à família política de esquerda. Caso o candidato tivesse tido a coragem (ou possibilidade) de romper com veemencia e frontalidade com a família política a que pertence, apelando à família nacional, ao País, sem famílias políticas de direita ouesquerda de permeio e, talvez, o número de votantes tivesse aumentado substancialmente.
Imaginemos agora que o candidato não tinha rabos de palha políticos, ligações a máquinas partidárias conhecidas, que gozava de boa reputação e apelava ao voto nacional, baseado nos valores e interesses nacionais, sem cuidar se o discurso umas vezes se direccionava mais à direita, se outras mais à esquerda e, provávelmente, a este milhão teria de juntar 1/2 milhão de abstencionistas e outro 1/2 milhão de votos desviados às forças políticas que vêm marcando os tempos de há 30 anos para cá.
Estaríamos a falar de 40% dos votos.
O País está aberto a uma mudança discursiva, a uma nova abordagem política.
O País está aberto a inflecções, venham elas de sectores políticos conhecidos ou de novos intervenientes. Por mim, creio chegado o momento de agitar as águas, de mudar o discurso, de repensar Portugal e, acima de tudo, de sentir e amar Portugal.
1 comentário:
Os sinais de fumo estão aí.
Venham os ventos!
Saudações Patriotas.
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