22.1.06

Noite de Eleições

Cavaco Silva é o novo Presidente da República. Deseja-se um mandato frutuoso.
Ana Gomes, António Vitorino e Mega Ferreira mostraram, claramente, total ausência de conceitos democráticos enraízados, pelas aleivosias proclamadas e ditas. Ana Gomes só faltou espumar pela boca, algo que terá feito de seguida, estou em crer. A democracia do PS no seu pior.
Era dispensável a retórica do Primeiro-Ministro a propósito da estabilidade institucional, porque essa constrói-se todos os dias e não por discursos de circunstância. Foi coincidente com o discurso do recém-eleito Presidente, mas as palavras utilizadas e o sentido foram diferentes.
Ficou mal ao PS esperar que Manuel Alegre começasse a falar para que Sócrates iniciasse a sua intervenção do Largo do Rato, desviando a atenção dos media de Alegre. Uma prova mais da democracia reinante no PS.
Alegre teve um excelente resultado.
Cavaco Silva não ganhou porque a esquerda perdeu. Cavaco ganhou porque entre todos os candidatos foi o que melhor geríu a sua campanha, provávelmente a par de Alegre, a quem terá faltado um pouco mais de audácia e de coragem discursiva. Cavaco Silva ganhou porque foi o candidato mais credível de entre todos.
Em suma, Cavaco ganhou porque, no contexto destas eleições só ele merecia ganhar.

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