Em caso algum os partidos podem ou devem ser confundidos com individualidades, ficarem reféns de personalidades, de tiques, de idiossincrasias avulsas. É igualmente claro que quando uma ou várias personalidades marcam, pela positiva, um partido político, têm por direito próprio o seu lugar na história.
Sá Carneiro, vulto imenso no PSD, é um referencial inestimável. E manter-se-á bem vivo enquanto perdurar na memória dos homens.
Mas os partidos valem pelas ideias, pelo conceito de sociedade que defendem, pelos valores, pelo respeito por todos e por cada um. Quanto mais elevados estes, maior o valor que representam, maior a reserva moral para a Nação, de que serão depositários.
PSL é do PSD. O PSD não pertence a PSL. Existe a obrigação, a meu ver clara, de apoiar o líder enquanto o fôr. Existe igualmente a necessidade de antecipar cenários, não do País, mas internos, ganhe ou perca as eleições do próximo dia 20.
Mas os partidos valem pelas ideias, pelo conceito de sociedade que defendem, pelos valores, pelo respeito por todos e por cada um. Quanto mais elevados estes, maior o valor que representam, maior a reserva moral para a Nação, de que serão depositários.
PSL é do PSD. O PSD não pertence a PSL. Existe a obrigação, a meu ver clara, de apoiar o líder enquanto o fôr. Existe igualmente a necessidade de antecipar cenários, não do País, mas internos, ganhe ou perca as eleições do próximo dia 20.
O PSD está e estará sempre acima dos valores individuais "per si". O PSD é o somatório de valores individuais, que só farão sentido enquanto congregados em torno de interesses colectivos. A colectividade é o motivo e a razão da política. A política só o é enquanto fôr encarada como instrumento organizador da vida dos homens em sociedade.
Tem de se diminuir a tentação pelo mediatismo, pela vaidade, pela ostentação oratória. Só se deverá falar, políticamente, quando fôr imperioso fazê-lo e estejam em causa razões de inequívoco interesse nacional. Tudo o resto é gestão diária de um governo e a política faz-se igualmente, e muito, de silêncios, de trabalho de gabinete. A partilha da informação, de forma exgerada, é lesiva dos interesses do estado, o mesmo é dizer de todos nós.
Seja qual fôr o resultado de dia 20 de Fevereiro o PSD deverá entrar em contenção, ser circunspecto, na vitória ou na "derrota". Na verdade em democracia as derrotas são sempre pessoais. Os partidos nunca perdem, porque a regência democrática faz-se pela alternância. Ao invés, as vitórias são de todos, todos sem excepção, pelo simples acto de votar, de participar. O voto tem consequências e é nessa consciência que se pretende "educar" políticamente o votante. Mas na vitória ou na "derrota", a moderação será sempre um sinal de clarividência e inteligência política, mais ainda no Portugal de hoje que nada tem para festejar.
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