30.10.07

Para seguir a Discovery na viagem à estação espacial internacional

http://www.nasa.gov/multimedia/nasatv/index.html

Agora, infelizmente, menos céu e pés na Terra...

Lista dos 55 países e regiões estudadas pelo IMD e incluídos no livro: "IMD World Competitiveness Yearbook 2007":
Argentina
Australia
Austria
Belgium
Brazil
Bulgaria
Canada
Chile
China Mainland
China Hong Kong
Colombia
Croatia
Czech Republic
Denmark
Estonia
Finland
France
Germany
Greece
Hungary
Iceland
India
Indonesia
Ireland
Israel
Italy
Japan
Jordan
Korea
Lithuania
Luxembourg
Malaysia
Mexico
Netherlands
New Zealand
Norway
Philippines
Poland
Portugal
Romania
Russia
Singapore
Slovak Republic
Slovenia
South Africa
Spain
Sweden
Switzerland
Taiwan
Thailand
Turkey
Ukraine
United Kingdom
USA
Venezuela
§
Garanto que não me levantei mal-disposto ou zangado.
Lamento se acaso o leitor até estava bem-disposto, de bom-humor e, depois de levar com estes dados, se vai zangar com a vida ou pensar que o andam a gozar. Pois é; parece, segundo dizem (que eu não sou de intrigas) que mais de 90% das notícias em Portugal são pagas/encomendadas. Será possível? Não acredito!!!
Verdade mesmo é que o discurso político tem muito pouco de real ou mesmo de demagogo, em Portugal: é mentira pura mesmo. Mais grave, todos mentem.
E depois, sempre aparecem uns brincalhões, enxofrados por se desdizer o que o(s) partido(s) afirma(m), a querer dar lições sobre regiões, autonomias e outras confusões, enfim, a panóplia do costume, comprada nos telejornais e media em geral, que passam opiniões como se vendem artigos nas lojas dos trezentos: quantidade alguma, qualidade nenhuma. Para esses, aqui vão muito poucos dados sobre a nossa economia (porque os tenho todos mas são caros e só interessam para aqueles que não se satisfazem com as poses e discursos institucionais, dou conta dos que estão disponíveis on-line), sobre o nível de vida, sobre as infraestruturas, sobre os direitos e a educação dos cidadãos, entre outros indicadores utilizados para aferir o desempenho dos países e regiões.
Os indicadores são divididos em 4 categorias, a saber:

Economic Performance (79 criteria) Macro-economic evaluation of the domestic economy: Domestic Economy, International Trade, International Investment, Employment and
Prices.
.
Government Efficiency (72 criteria) Extent to which government policies are conducive to competitiveness: Public Finance, Fiscal Policy, Institutional Framework, Business Legislation
and Societal Framework.
.
Business Efficiency (71 criteria) Extent to which the national environmnent encourages enterprises to perform in an innovative, profitable and responsible manner: Productivity and Efficiency, Labor Market, Finance, Management Practices and Attitudes and Values.
.
Infrastructure (101 criteria) Extent to which basic, technological, scientific and human resources meet the needs of business: Basic Infrastructure, Technological Infrastructure, Scientifi c Infrastructure, Health and Environment and Education.
(clicar na imagem para aumentar)

Como se constata, no crescimento do PNB (produto nacional bruto) em 2006, somos fáceis de encontrar.

Repare-se como a Espanha aumenta, em termos relativos, 3 vezes o PNB, quando comparado com o nosso País. A fase seguinte é simples: consideramos em termos absolutos e ficamos siderados.

Em 2007 a Espanha irá ter um superávite de 1,5% e nós um déficite (gerado por despesas correntes!) de 3,5%. Como nestas circunstâncias soma, temos um diferencial de 5%. Lindo!!

(clicar na imagem para aumentar) ...........É curioso verificar a evolução de Portugal, tanto a nível geral como, particularmente, a nível dos indicadores de desempenho económico, ao fim e ao cabo aqueles que mais nos importam (período comparado: 2003-2007). O 48º lugar (em 55) no desempenho económico em 2007 é muito interessante!!!

28.10.07

Não à regionalização. Não ao PSD....

Questionado sobre se o PSD pretende «discutir ou fazer» a regionalização já em 2008, Ribau Esteves respondeu: «Discuti-la para a fazer, para a fazer bem».

A regionalização de Portugal é o maior disparate político possível de defender, no pós-colonização.
A dimensão do País, a noção de espaço político-geográfico comum e que remonta a quase 900 anos de História, bem como a mais elementar questão de solidariedade entre indivíduos nascidos sob uma mesma bandeira e num mesmo território, impede qualquer pensamento de regionalização, leia-se divisão, do espaço político-económico. A defesa da regionalização, baseada em pressupostos de aumento de rendimentos intra-espaciais através de mecanismos concorrenciais, é uma enorme falácia.
O que de facto se pretende é alijar responsabilidades de condução do País, tornando-o sistemática e coerentemente pobre.
Mais acresce, se levado em conta o desconforto unitário da vizinha Espanha.
Defender uma regionalização em Portugal, quando em simultâneo a Galiza formaliza a vontade de adesão ao espaço da Portugalidade, assemelha-se em tudo a um golpe-de-estado, a alta traição.
A regionalização é um acto de cobardia política.
O PSD não pode defender a regionalização em nenhuma circunstância.
Acaso o faça deixará de ser credível e nacional. Deixará de ser o caminho de voto de milhares de portugueses e, se assim fôr, que avance já a nova força política na forja.

19.10.07

Hillary cada vez mais presidente....

Retirado, com a devida vénia do, The New York Times, edição de hoje.
"Hillary Clinton leads the Democratic field with 51 percent of the vote.
She beats Barack Obama by 24 percentage points among black Democrats.
She is projected now to beat Giuliani – or at the very least to be in a statistical dead heat with him in the general election.
........
This wasn’t supposed to happen. According to the received wisdom of those in-the-know here in Washington, Hillary was supposed to be divisive, unelectable, “radioactive.”
........
(“I think the one thing we know about Hillary, the one thing we absolutely know, bottom line, [is] she can`t win, right?” is how MSNBC host Tucker Carlson once put it to New Republic editor-at-large Peter Beinart. “She is unelectable.”).
.........
The “we” world of Tucker Carlson knew what they knew about Hillary Clinton — right up until about this week, I think — because they spend an awful lot of time talking to, socializing with and interviewing one another.
What they don’t do all that much is venture outside of a certain set of zip codes to get a feel for the way most people are actually living. They don’t sign up for adjustable rate mortgages, visit emergency rooms to get their primary health care, leave their children in unlicensed day care or lose their jobs because they have to drive their mothers home from the hospital after hip replacement surgery.
Hillary Clinton’s supporters, it turns out, do.
§
E é esta a grande verdade. Não há discursos políticos (que têm forçosamente de ser demagogos) que aguentem a dura realidade diária.
Vamos ver, aqui e lá fora nessa Europa perdida, quanto tempo aguenta a Europa com a flexisegurança, ou quanto tempo aguenta esta, sem se perder a noção ridícula de Europa (acaso a "flexi" não seja só um instrumento vocal político, destinado a ser sorvido pelo papel).

18.10.07

Quem é ele?

Ao contrário daqueles que gostam de ver pelo canudo dos outros, eu gosto de ver Menezes e Santana no assalto à verdadeira oposição. Sócrates que se cuide porque o combate político começou e, como qualquer combate político, não tem de ser limpo.
Aliás, a esse propósito, ainda não ouvi ninguém a fazer referência ao curriculum académico de L.F. Menezes nem ao facto de estar em Paris, como ilustre investigador e médico pediatra. Nem qualquer realce às suas vitórias políticas.
Quem os ouvir há-de pensar: "...o homem é um arrivista sectário, pretencioso, mas de pouca ou nenhuma valia prática". Mas que homem???

SIM às "Chinatowns"

Espanto-me com as razões invocadas para a saída de Maria José Nogueira Pinto do projecto baixa-Chiado.
Espanto-me ainda mais com o silêncio de uns quantos que, por tudo e por nada, empunham espadas e desafiam dragões.
Então a criação de uma "Chinatown" em Lisboa é censurável? Só na cabeça do demagogo J. Sá Fernandes, que já trocou o BE por um apetecível lugar nas próximas listas do PS a Lisboa (ele até é independente) e de um António Costa, presidente, que talvez, e acentúo o talvez, tenha guardado o silêncio por um qualquer comprometimento político que não descortino. Porque, enfim, sempre é ele que manda e que garantirá a permanência de JSF na Câmara de Lisboa nas listas do PS.
.
Acaso desconhecem estes senhores o número de chineses disponíveis a mudarem-se de armas e bagagens para todo o mundo? Acaso desconhecem a realidade de outras metrópoles (essas sim, grandes) que tiveram e cedo o perceberam, a necessidade de criar núcleos de comércio residencial para os cidadãos chineses? Acaso esuqeceram que estamos a falar de mais de 1/4 da população mundial?
.
Já estiveram em Évora recentemente? Já deram conta como numa cidade linda como aquela, a existência de 4 ou 5 lojas chinesas desvirtua toda a beleza e enquadramento histórico?
Acaso ainda não perceberam que os chineses, aqueles que abrem "lojas chinesas" de ocidentais nada têm?
Já se deram conta que para os arrendatários tanto se lhes dá? Já terão percebido que, quando se trata de construção civil (pato bravo e não só) o proprietário é sempre arrivista quando se trata do interesse nacional?
Deste ponto estou convencido que sim, tal a a ferocidade com que o capital normalmente é atacado. Ataca-se o capital mas depois dá-se-lhe rédea solta?
Não entendo.
.
Lanço um repto: a criação de uma petição a favor da criação de uma "Chinatown" em todas as cidades portuguesas, a começar por Lisboa, a passar pelo Porto e a acabar em Faro, que exija a desmaterialização das actuais instalações e a sua recolocação em espaço próprio, consignado para o efeito, dentro das cidades mas perfeitamente reconhecido e enquadrado.

A questão da Flexisegurança, tão má e irremediavelmente necessária...

A questão central que traz milhares a Lisboa, pela mão da CGTP é, supostamente a flexisegurança, ou seja, o aumento da precariedade no trabalho e a redução dos salários. Não se discute a sua necessidade nesta Europa errática (não por falta de um qualquer Tratado salvador) por culpa de governos e governantes que tentam conjugar os interesses particulares com os interesses colectivos - sejam aqueles pessoais ou nacionais e estes empresariais ou supranacionais.
.
A verdadeira razão da intervenção deveria ser mais a da cobrança política, do que a da discussão da necessidade.
O que os cidadãos de toda a Europa em geral se têm de perguntar é, acaso as promessas políticas tivessem sido realistas e profundamente verdadeiras, seriam estes (leia-se todos os que até agora exerceram funções políticas e opinion makers) os políticos escolhidos e o modelo escolhido?
Creio firmemente que não!
Estamos a pagar o preço demagógico de ter transformado um modelo de gestão económica possível (zona de comércio livre) num modelo político ingovernável (federação de estados).

10.10.07

Até sempre....



Há uns anos, aquando de uma subida de divisão da Académica, apanhámos, literalmente, um banho de espumante no restaurante onde nos encontrávamos, banho no qual se incluíu também Jaime Cortesão e que foi preparado pelos jogadores do clube, sem qualquer aviso prévio. Naquela noite, no regresso a Lisboa, ria sózinho de um dia e noite cheios, passado entre amigos.
Conhecia-o há 14 anos e, do Fausto, ocorre-me dizer que era uma amizade que se entranha. Agora, fica o estranho sentimento feito certeza da saudade, demasiado óbvia e demasiado precoce, demasiado tudo para ser contido em palavras.
.
Nos idos de Agosto, um outro amigo, amigo de ambos, se ausentou para onde alfa e ómega se juntam. Imagino-os juntos, agora, à conversa como tantas e repetidas vezes o fizeram.