18.10.07

SIM às "Chinatowns"

Espanto-me com as razões invocadas para a saída de Maria José Nogueira Pinto do projecto baixa-Chiado.
Espanto-me ainda mais com o silêncio de uns quantos que, por tudo e por nada, empunham espadas e desafiam dragões.
Então a criação de uma "Chinatown" em Lisboa é censurável? Só na cabeça do demagogo J. Sá Fernandes, que já trocou o BE por um apetecível lugar nas próximas listas do PS a Lisboa (ele até é independente) e de um António Costa, presidente, que talvez, e acentúo o talvez, tenha guardado o silêncio por um qualquer comprometimento político que não descortino. Porque, enfim, sempre é ele que manda e que garantirá a permanência de JSF na Câmara de Lisboa nas listas do PS.
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Acaso desconhecem estes senhores o número de chineses disponíveis a mudarem-se de armas e bagagens para todo o mundo? Acaso desconhecem a realidade de outras metrópoles (essas sim, grandes) que tiveram e cedo o perceberam, a necessidade de criar núcleos de comércio residencial para os cidadãos chineses? Acaso esuqeceram que estamos a falar de mais de 1/4 da população mundial?
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Já estiveram em Évora recentemente? Já deram conta como numa cidade linda como aquela, a existência de 4 ou 5 lojas chinesas desvirtua toda a beleza e enquadramento histórico?
Acaso ainda não perceberam que os chineses, aqueles que abrem "lojas chinesas" de ocidentais nada têm?
Já se deram conta que para os arrendatários tanto se lhes dá? Já terão percebido que, quando se trata de construção civil (pato bravo e não só) o proprietário é sempre arrivista quando se trata do interesse nacional?
Deste ponto estou convencido que sim, tal a a ferocidade com que o capital normalmente é atacado. Ataca-se o capital mas depois dá-se-lhe rédea solta?
Não entendo.
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Lanço um repto: a criação de uma petição a favor da criação de uma "Chinatown" em todas as cidades portuguesas, a começar por Lisboa, a passar pelo Porto e a acabar em Faro, que exija a desmaterialização das actuais instalações e a sua recolocação em espaço próprio, consignado para o efeito, dentro das cidades mas perfeitamente reconhecido e enquadrado.

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