31.5.06

E assim vamos andando...

A Quadratura do Círculo é matéria de alcance estritamente esotérico.
Quando a quadratura é tentada a dois (numa excepção ao número 4, sem qualquer significado no alcance pretendido, a não ser o de justificar quatro convivas bem-falantes, sentados a uma mesa num estúdio da SIC Notícias), então, aí, a quadratura (pretendida) é virtualmente impossível, mesmo no campo cabalístico.

Mas, espantem-se as almas, assistíu-se a um debate interessantíssimo (não me perguntem se foram ditas verdades; direi que talvez algumas, poucas, muito poucas) sobre a questão da corrupção.

José Pacheco Pereira disse algumas coisas acertadas (mais não quis dizer, não porque não as soubesse, mas porque tem de comer todos os dias e não quer tirar nada da reforma de euro-deputado) e Jorge Coelho não sei que disse. Não ouvi!

Há uns meses lancei o repto sobre os terrenos circundantes do imbecil e tão falado projecto do aeroporto da OTA: a quem pertencem os terrenos circundantes? (já sei; a imobiliárias várias, com sócios totalmente desconhecidos mas totalmente virados para a ingrícola - queriam que fosse agrícola não ? E depois caía-me a CAP em cima).

Igualmente a adjudicação da Ponte Vasco da Gama fez soar (tão estridentemente que até a um comum cidadão como eu chegou esse zunido) que teriam sido pagos 8 milhões de contos de luvas para garantir a obra - qual o governo da altura? Lamento não me lembrar agora.

Acaso terei mencionado duas situações - nas quais não acredito nem por nada - que só dizem respeito a decisões do poder central?

A dúvida,melhor, a perplexidade surge-me porque passei o dito programa a ouvir falar da corrupção ao nível local, através de figuras pardas, bacilentas, longe da exposição mediática.

Confusão minha decerto. Ao nível da autarquia central tudo está e esteve sempre bem; o mal está nas autarquias locais que, curiosamente, são ocupadas por detentores de cargos públicos que na sua maioria já passaram pelo Governo ou pela Assembleia da República.

Concordo plenamente consigo, agora que o diz! Os maus hábitos aprendem-se num instante - são uma tentação.
Difícil mesmo é manter, inalteradas, as virtudes! Nem mesmo os supostos doutos, mesmo que a única tentação seja não resistirem às tentações de Bruxelas.

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