9.9.05

RAZÃO DA REDUNDÂNCIA DA CRÍTICA POLÍTICA

A grande questão não reside na crítica política e económica constante, protagonizada à vez pela oposição aos governos PSD e PS que se sucedem. A grande questão, a enorme questão reside no facto de uns e outros não terem soluções para os problemas económicos e sociais do País, porque o País de tão mal orientado nas últimas décadas não apresenta saídas possíveis.

As economias, todas elas, necessitam de gozar de proteccionismos de peso maior ou menor, consoante a sua pujança económica, a inserção geográfica, o grau de desenvolvimento e o momento temporal considerado. Se assim não fosse não haveria razão para preocupações com os textéis chineses nem teria havido motivos válidos para a última cimeira entre China e UE nesta matéria.
Se se considera o princípio válido para regiões geográficas económicas diferentes, terá de se encarar como igualmente válido para países diferentes dentro de uma mesma região geográfica económica. A economia portuguesa não sofre das mesmas idiossincrasias nem apresenta os mesmos atributos que a economia francesa, como esta não se assemelha à economia alemã.
Tratar todos por igual só pode conduzir ao acentuar das diferenças, ao aumento das desigualdades, favorecendo os mais fortes e enfraquecendo, progressivamente, a capacidade de resposta dos mais fracos.

Portugal tem enfraquecido progressivamente ao longo dos anos, com pouco para oferecer se exceptuarmos a demagogia. O problema é estrutural pelo que, hoje por hoje, é igual ser o PS ou PSD a governar: são igualmente impotentes para travar o descalabro e, em economia, não existe D. Sebastião que nos valha.

1 comentário:

Antonio stein disse...

E, o nosso maior receio é que, com a falta de soluções, a radicalização da sociedade comece a ganhar forma com contornos assustadores.
Começa a ser preocupante percebermos, que não temos um Maestro capaz de dirigir uma orquestra que não atina com o andamento!
Não fosse a situação Geopolítica, não estaríamos longe de uma Sul Americanização.
Qual Sebastião, Qual Caudilho.
Os Fantasmas andam por aí!!!

António